30 de novembro de 2010

VIGILANTE - DEMO

Lembra dos australianos do ILL BRIGADE ? então, se você achou que eles estavam sozinhos na terra dos cangurus, você se enganou. Com uma forte influencia de  Warzone e Agnostic Front, com uma demo extremamente viciante, e com um logotipo claramente inspirado no Underdog, lhes apresento o VIGILANTE, mais uma excelente banda australiana. Essa demo, que imagino eu, tenha sido lançada esse ano, conta com 6 sons na linha "caramba isso foi realmente lançado pós anos 90?", ou seja, hardcore ortodoxo sem firulas, com partes rápidas e um pouco de 2 steps. Tudo bem,  confesso que me lembrou um pouco também os sons do álbum Breakout (a demo) do Justice, mas você tem que concordar comigo, os sons desse álbum não tem aquela "cara" Looking Out dos outros álbuns do Justice, enfim. Infelizmente não consegui maiores informações sobre a banda mas já deu para perceber que os caras do Vigilante vieram para mostrar que são ótimos alunos da escola "don't forget the struggle, don't forget the streets" e a evolução para os próximos trabalho é certa.

29 de novembro de 2010

ENTREVISTA - QUESTIONS

Depois de entrevistas com o Nortel Cartel e uma que já está para sair com o Paura aqui do Brasil não poderíamos deixar passar uma entrevista com o Questions, uma das principais e mais ativas bandas da cena paulista e nacional, com mais de 10 anos de dedicação ao underground, uma discografia animal e o respeito da esmagadora maioria daqueles que ainda acreditam no hardcore. Segue a breve conversa com o Hélio (baixo) e o Edu (vocal) sobre o atual momento da banda, segunda tour européia, planos futuros, entre outros assuntos.



Valeu mesmo Hélio e Edu por responder algumas perguntas pro Day By Day Hardcore eZine! Agora, dez anos de história dentro do hardcore, duas tours européias, lançamentos de grande qualidade, toda essa batalha no underground é tão cansativa quanto parece?

Edu: Valeu pelo “lançamentos de grande qualidade”... Quando você gosta de uma coisa e faz com amor, a coisa flui de tal maneira que você nem nota o tempo passar! Mas por um outro lado, você ve que aqui no Brasil é muito mais dificil manter uma banda que toca hardcore, tudo é muito mais difícil! Se fosse 10 anos na Europa ou nos E.U.A. a banda ja teria tocado pelo mundo muito mais vezes e talvez alcançado o seu objetivo maior: A UNIAO DE CABEÇAS PENSANTES NO HARDCORE, INDEPENDENTE DE SUA OPÇAO SEXUAL, RELIGIOSA, POLITICA ...POR UM UNICO IDEAL, O FORTALECIMENTO DA CENA NO BRASIL! Mas mesmo com essas dificuldades aqui no Brasil, nao desitimos ainda: lute no que você acredita!!!


Questions passou por alguns momentos muito importantes nestes últimos três anos, desde mudança de formação, até segunda tour européia, culminando com o lançamento de um petardo chamado RISE UP, como foi fazer parte desse capítulo da história da banda?

Edu: É verdade, nestes 3 ultimos anos ficamos mais ativos, pra mim é só comparado com a época do Resista que foi uma correria igual a essa. Devemos isso a entrada do Helinho que pôs um gás a mais na banda no quesito de motivar, armar shows pra nós... A outra formação foi bem legal, com o nosso amigo sxe Papa que toca no Bandanos, mas ele estava com 3 bandas e ficava meio difícil de segurar as três hehe, culminando na saida dele. Fomos pra Europa e Rússia desta vez, que resultou na maior conquista do Questions em tours até então, foi lindo e maravilhoso tocar lá, com bastante SxE dançando e curtindo o show com curiosidade e fanatismo!

Hélio: Eu tinha acabado de sair do Food4life, banda qual eu tocava, e logo na sequência os caras já me chamaram pra tocar, não tinha nem como falar não para meus amigos de mais de 20 anos né?hehe Eu tenho muito orgulho de poder ter participado deste cd, da tour e de todas conquistas nestes últimos 2 anos da banda, acho que a banda deu grandes passos e isso é só o começo de muita coisa boa que ainda está por vir.



Focando no Rise Up, álbum que não dá descanso aos ouvidos, pedrada atrás de pedrada, quais foram as principais inspirações para a composição das músicas?

Edu: A composição do Rise Up foi igual ao Resista e o Fight For What You Believe, com eu e o Pablo Menna fazendo as bases primeiro e levando pro Eduzinho colocar a bateria. Depois de encaixadas, entro com as letras... não deu tempo do Helinho ou Pablo Lucente opinar nelas pois a maioria das músicas ja estavam feitas antes deles entrarem, Vamos ver se no próximo eles se empolgam de trazer bases/idéias para preecher mais heheh. E a inspiração é a mesma de sempre: Bastante Strife, S.O.I.A., Rykers, Judge, Youth of Today, Agnostic Front, Minor Threat, RDP E Sepultura tocando covers de hardcore...é isso! Só coisas old school que amamos!

Logo depois do lançamento do Rise Up surgiu a segunda tour gringa na Europa, incluindo alguns países do leste europeu, conte um pouco sobre a cena local, as diferenças com o Brasil desde estrutura até o público e principalmente como foi a recepção dos gringos com o Questions.

Edu: Em qualquer lugar que você toca na Europa o equipamento é melhor que o daqui, mesmo no Leste Europeu, a receptividade destes paises não poderia ser melhor, eles te tratam muito bem, sendo que 90 por cento dos lugares que tocamos o organizador era sxe ou vegetariano, que para nós nunca foi problema, pois a comida na maioria das vezes era muito boa, e quando não era, iamos em alguma lanchonete heheh. Os sxe, vegan de lá gostam bastante da gente, Na Estônia, Letônia, Polônia, e muito mais na Russia!! Acho que é pelo fato de nunca termos criado algum tipo de animozidade por este motivo e sempre admirei estes movimentos pois até os meus 21 anos de idade fui drug free, nunca havia colocado nenhum tipo de álcool na boca e continua com cigarro até hoje, para esta indústria consegui dizer nao ate hoje hehehh.



Percebo sempre vocês muito ligados a cena paulista, convidando várias bandas de diversas vertentes do hardcore aos shows, tem algum banda que tenha surpreendido nos ultimos meses?

Edu: Chamamos sempre bandas que gostamos e que seja ativa na cena de alguma forma, não importamos com a opção dos integrantes neste aspecto de ser sxe, bêbados e etc. Só não tocamos com bandas homofóbica, sexista, nazista ou coisas deste tipo.
Agora bandas que achamos muito boas são: Still Strong, Sangue Ódio Hardcore, Final Round, C.v.o.d, Good Intentions, Allianza, Firedrivem, Chorume, Corleone, One true reason, Medellin e etc.


Aliás, o último desses shows foi o lançamento dos dois shapes do Questions em parceria com a SickMind, como este projeto começou a tomar forma? Pois não é nada habitual à bandas nacionais este tipo de merch.

Edu: Os integrantes do Questions sempre acompanharam o skate em suas vidas, eu na minha adolescência andava de skate praticamente todos os dias, já conhecia o Duz/batera e ele andava tambem. O Helinho conheci depois e tambem andava, mais tarde fui saber que o Pablo Menna também ja andou e por fim o Pablo Lucente que até quebrou o ombro ano passado por andar de skate na pista de São Bernardo. Como pinto telas e faço a maioria dos flyers do Questions o dono da Sick mind tinha visto algumas destas artes e conversou comigo dizendo que gostava da banda e se nos não estavamos interessado em lançar dois modelos com algum destes desenhos. Enfim, topamos na hora, pois era um sonho antigo, tanto e que pedimos um modelo old school, para relembrar a nossa época que tinha Steve Caballero, Hosoi, Thronn, Mauro Mureta, shape do Metallica, Misfits e etc. Mais um sonho realizado!!!!



De cerca de três anos pra cá a banda passou por um período muito movimentado, de mudança de formação, de selo, novo full-lenght, tour européia, como foi participar dessa fase do Questions? E o que podemos aguarda pro futuro?

Edu: Realmente foi um corre, e acho que respondi na terceira pergunta tudo que rolou heheh. Sendo que a outra coisa boa foi ter ido para Seveneightlife! O Franco nos tratou muito bem, e disse que mesmo a gente não sendo sxe, topou em lançar a gente dizendo que a gente e uma banda respeitada e adimirada por muitos sxe, vegan que ele conhece, junto com os anos de corre no underground e som que ele admira, nos deixando contentes com tudo isto. E podem aguardar mais ainda, pois o hardcore esta no sangue e queremos ir pra mais longe que a Russia! Levando a bandeira do hardcore feito em Sao Paulo!! SPHC


Obrigado mesmo pela entrevista, boa sorte para mais 10 anos de hardcore pro Questions! Agora o espaço está aberto para mandar uma mensagem para os leitores da eZine.

Edu: Muito obrigado a você Bruno/ezine pelo interesse e tudo de bom para todos os fãs de hardcore sxe e não sxe's . E que não desistam nunca!!! De lutar no que você acredita!!!
Abracos!



Acesse: Site Oficial / Myspace / Fotolog / Twitter

22 de novembro de 2010

Entrevista - Straight Opposition

Diretamente da Itália surgiu um dos melhores álbuns de 2010! Fury Stands Unbeaten é com certeza o auge dos representantes do Pescara Hardcore, o Straight Opposition, espere um hardcore entre a nova e a velha escola, com afinação mais baixa, porém sem perder a influência old school de bandas como Slapshot. São pouco mais de 16min de de um som intenso sem misericórdia ao ouvinte e aproveitando o lançamento do álbum tive a oportunidade de enviar algumas perguntas ao selo dos caras, a Indelirium Records, que prontamente as repassou ao guitarrista Luca.




Muito obrigado pela entrevista!Só para começar, como surgiu o Straight Opposition em 2004 e como era a cena italiana na época?

Obrigado vocês por terem escolhido o Straight Opposition para a entrevista! A banda nasceu da necessidade de tocar hardcore, não as músicas sem propósito e descoladas que estão na moda, mas sim algo baseado em um sentimento verdadeiro de raiva, energia e argumentos sólidos. Já a cena na época em que a banda nasceu vivia um período de expansão, muitos caras começaram a "ser" hardcore, frequentar os shows e "apoiar" as bandas. Mas para mim esse "boom" se tornou algo negativo, pois muitos falsos entraram no movimento o forçando a cair em atitude e estratégias do mainstream, as bandas agora só pensam em se vestir do jeito "correto", a se portar no palco do jeito "correto", a tocar o que o mainstream pede e ficar no politicamente correto apenas para não parecer ofensivo... hardcore não é algo legal e amigável... é hardcore!



No Fury Stands Unbeaten a música fica entre a nova e a velha escola do que há de melhor no hardcore, quais foram as principais influências para compor o álbum?

Nós somos muito influenciados pela primeira onda do hardcore, bandas como SSD, Slapshot, DYS, primeira fase do Madball, mas também pelo período que começou nos anos 90, com o Integrity, Knuckledust, Biohazard, Turmoil, Downset, Snapcase, Helmet, 59 Times The Pain , Refused. Quando começamos a criar as novas músicas não buscamos algo específico, apenas concordamos em fazer algo rápido, arrogante e violento.

Quando eu vejo bandas brasileiras como o Paura fazendo uma tour pela Europa, com uma quantidade muito grande de shows em poucas semanas, vocês também costumam excursionar pela Europa com freqüência? E como é a recepção do público em outros países e diferentes cenas?

O Paura já se tornou uma banda de irmãos, com certeza a melhor banda de metal/hardcore com que já tocamos, muito a frente da maioria das superestimadas bandas norte-americanas e européias. E trabalharam duro no planejamento da tour para conseguir tocar tantas vezes assim. Nós excursionamos pela Europa por quatro vezes, uma delas ao lado do Paura. A recepção do público depende bastante da região em que você toca. Nós gostamos bastante de tocar no sudeste europeu, lugares como a Grécia, Turquia, Bulgária, Romênia são locais do leste em que mais gostamos de tocar pelo público em sua maioria ser mais receptivo, eles vão aos shows para realmente ver a banda, não apenas ficar para fora do local mostrando suas novas tatuagens de "keep the scene alive"...



Voltando ao Fury Stands Unbeaten, que os brasileiros podem encontrar no site da Caustic Record e realmente vale a pena escutar pela agressividade apresentada! Vocês tiveram aquele sentimento de missão cumprida após ouvir pela primeira vez os 16min de pura destruição?

Muito obrigado pelas boas palavras, nós realmente ficamos gratos por você ter gostado do álbum. Para ser 100% honesto com você, eu acho que o Fury Stands Unbeaten é um dos melhores álbuns de hardcore verdadeiro dos últimos anos, sem triggers e outros artifícios de estúdio, esse não é hardcore feito para metaleiros que estão acostumados a ouvir Meshuggah... este é um álbum para aqueles que buscam uma demonstração leal do que uma banda pode fazer, até mesmo os erros. Eu costumo ouvir sempre, pois gostei muito do que atingimos como banda nesses 16min, nossa música é verdadeira até o osso e o melhor retrato do que somos como músicos e pessoas.

Eu vi no myspace de vocês que já tocaram com o Slapshot, uma influência declarada de vocês e tantas outras bandas e pessoas envolvidas com o hardcore, qual foi o sentimento daquele show?

Para mim foi igual ao Natal quando se tem 10 anos de idade! Sua atitude intransigente e sua música é a definição do hardcore!




O Straight Opposition já fez uma tour ao lado do Paura, você conhece mais da cena brasileira? Algum plano para uma tour pela américa do sul?

Sim, nós fizemos essa tour e foi sensacional! Falando sobre bandas brasileiras eu conheço e gosto bastante de algumas sim, começando pelo Ratos de Porão, Confronto, SanguexOdioxHardcore, Garotos Podres, Cólera, Nueva Etica que é da Argentina e mais algumas... Já sobre a possibilidade de uma tour por aí, é mais que um simples desejo nosso, tem uma possibilidade para fazer isso, vamos ver...

Obrigado mais uma vez pela entrevista, espaço livre para mandar um salve para quem leu a entrevista.

Um grande abraço para quem encara o hardcore assim como nós!
Straight Opposition



Acesse: Myspace / Indelirium Records / Caustic Recordings

17 de novembro de 2010

Finalmente começamos a andar para frente.

La Revancha no Sattva Bordô - 12/10/2010 - foto por Wander Willian: www.xwanderwillianx.cjb.net/

Motivado pelos ultimos shows que fui e pela conscientização que o pessoal de são paulo passou a demonstrar nos últimos tempos, achei que seria uma boa escrever esse texto, afinal, não vivemos só de criticas. A algum tempo atrás estávamos vivenciando uma cena em são paulo movida por rinchas sendo que a grande maioria foi criada em redes sociais, motivadas por diferenças ideológicas que sinceramente, não justificam qualquer tipo de atrito, coisas como "Pra ser straight edge tem que ser punk", "Seu tênis é de playboy", "Straight Edge que come carne não tem vergonha na cara", "Sua religião é não sei o que..." entre outras, se tornaram algo comum que muitas vezes tomavam proporções que saiam do controle. Nesse cenário, muitos como eu se perguntavam Quando essa patifaria vai acabar? quando vamos voltar a nos emocionar em um show? quando as diferenças irão acabar? Hoje, com o fim de 2010 chegando, já consigo responder algumas dessas perguntas, como por exemplo, nossas diferenças vão continuar para sempre, mas isso já não é mais problema, as pessoas estão tomando consciência de que nossas diferenças não são importantes e que com sinceridade e força de vontade, pessoas com pensamentos diferentes podem fazer coisas incríveis juntas. Sobre a patifaria, venho notando que as velhas discussões do orkut estão caindo no esquecimento, eu mesmo de um tempo para cá passei a ignorar muita coisa, por simplesmente acreditar que não vale a pena dar corda para quem não nos acrescenta nada. Graças aos fatores anteriores passamos a presenciar shows mais sinceros e com muito mais emoção, é claro que esta onda de bandas boas surgindo esta colaborando muito para que isso aconteça, mas uma banda só ser competente no que faz não é o suficiente, ninguém gosta de sair de casa, gastar dinheiro para ver uma banda artificial subir no palco e fazer uma apresentação totalmente vazia, o resultado óbvio para isso é o desprezo do publico, sinceridade naquilo que se faz é o mínimo que se espera, já que o hardcore não é como mainstream, o hardcore é movido por pessoas que amam o que fazendo e acreditam que a revolução não fica somente na musica.

Days of Sunday em Itapevi - 04/07/2010

Outra coisa que vem acontecendo que esta me agradando muito é o numero de zines e webZines que apareceram esse ano, inclusive esse foi um dos motivos pelo qual tive a idéia de começar com o Day By Day Hardcore junto com o Feijão e o Pinguim. O underground sobrevive graças a auto-gestão e os zines são os grandes veículos de troca de informação dessa história. É disso que precisamos, pessoas que compartilham informação, que compareçam nos shows, que organizem festivais, que apóiem nossa cena e graças a conscientização de todos, o numero dessas pessoas esta aumentando a cada dia mais, sendo assim cabe a nós respeitarmos nossas diferenças e continuarmos a trabalhar por isso para que essa chama nunca se apague. Por mais que tenha demorado para conseguirmos chegar aonde estamos, não devemos desistir, NUNCA!

15 de novembro de 2010

PEGASUS - SELF TITLED

O Diego (aka Buneco) me passou essa banda dizendo que era num pega semelhante ao Leeway, lógico que fui seco para ouvir e não me decepcionei! Diretamente da Pennsylvania e com membros de figuras carimbadas desta nova safra do hardcore como Cold World, War Hungry, RZL DZL e The Rival Mob o Pegasus é uma viagem de volta a 1994 no Adult Crash! Desde vocal cheio de reverb até o instrumental são altamente influenciados pelo Leeway dos dois últimos álbuns, tanto o de 94 quanto o Open Mouth Kiss do ano posterior. Realmente não é uma banda comum à atualidade, o que torna as três faixas do EP lançado em 2009 pela Six Feet Under Records sensacionais para quem gosta dessa vertente do hardcore. Riffs que hora beiram a velocidade do thrash metal até um groove ao melhor estilo Iron Age. Só espero que continuem com esse projeto paralelo, pois só esse EP é muito pouco pela qualidade que já apresentaram.
Acesse: Myspace / Six Feet Under Records

8 de novembro de 2010

Entrevista - Bad Seed

Quem conferiu a resenha que fiz do Bad Seed há alguns dias atrás pôde perceber que considero a banda uma das mais insanas da nova safra, com um som animal altamente influenciado pelas melhores bandas que New York já nos proporcionou, o que ficou claro nos poucos registros que encontramos do grupo da Pennsylvania, outra cena estadunidense muito produtiva. Felizmente tive a oportunidade de enviar algumas perguntas ao guitarrista da banda, ,Saba, que prontamente já topou a entrevista. Segue a breve conversa.



Antes de tudo muito obrigado pela entrevista, conte um pouco sobre o começo da banda.

Um salve pro Brasil! O Bad Seed teve início quando meu amigo Shane Moran, do Title Fight, e eu decidimos criar uma banda com um som mais orientado ao hardcore e metal. Levamos cerca de dois meses para estabilizar uma formação, mas sentimos que o material das composições era forte o suficiente para compensar o esforço!

Quais são as principais influências do Bad Seed? Tanto conferindo o myspace quanto pelo som de vocês fica a sensação de que curtem muito hardcore nova-iorquino.

NYHC possui uma grande influência nas músicas que escrevo, mas pessoalmente considero Black Sabbath e Metallica mais importantes à minha formação, acredite ou não! Também o álbum Demigod da banda polonesa de death metal Behemoth me influenciou bastante no uso de escalas puxando para um som mais egípcio na guitarra.

Como o nome Bad Seed foi escolhido? Foi realmente uma homenagem ao Life Of Agony?

Isso mesmo, o nome foi escolhido da música Bad Seed do Life Of Agony, definitivamente uma música destruidora!



Sempre procuro perguntar isso às bandas, como você encara a questão dos downloads não-autorizados? Algo que atinge de forma negativa o underground, ou uma nova forma de espalhar a mensagem?

Convenhamos, fazer downloads de músicas se tornou parte de nosso mundo, não tem como escapar disso! Ou as bandas se adaptam a isso ou acabam se ferrando ao tentar lutar contra. No hardcore mesmo isso ajudou as bandas a alcançarem maiores audiências e como acredito que o ponto principal é o show, quem se importa se você baixou a música de graça se você está representando na platéia? Nós colocamos a demo do Bad Seed na Internet de propósito, pois sei que as pessoas são muito mais receptivas para ouvir algo novo quando é de graça.

Como se encontra a banda? Vocês estão parados, gravando, compondo?

Estamos em um hiato indefinido, sem previsão para voltar. Mas atualmente exploramos outros projetos musicais, o Title Fight está com uma tour para fora dos EUA, nosso baterista formou uma banda de hardcore chama Stick Together. Já eu estou começando uma nova banda de hardcore e um projeto mais voltado ao black metal, chamado Wind. Fiquem ligados para mais informações!



Depois de alguns registros, como a demo, um split com o War Hungry e por último o EP destruidor, como foi a recepção do público para o Bad Seed?

Sempre foi muito boa! Os shows sempre foram insanos e tivemos a oportunidade de tocar em muitos shows incríveis durante o pouco tempo de banda. Agradeço ao Bob Wilson, Ryan Braces, Lee do Trash Talk, The Dog Pound e The Guerilla Crew pelo apoio! E principalmente nossa cidade Wilkes-Barre (PA) por ter uma cena musical incrível.

Em nosso primeiro contato você citou Sepultura e Sarcófago, duas grandes bandas brasileiras. Mas do hardcore, conhece algo daqui?

Não, mas pretendo procurar! Essas duas bandas brasileiras mostraram que vocês podem fazer um som brutal e pesado, por isso é necessário mostrar ao resto do mundo o que vocês possuem de bom na cena. Venham tocar nos EUA!

Mais uma vez muito obrigado por responder algumas perguntas pro Day By Day eZine, sinta-se a vontade para mandar uma mensagem.

Obrigado você pela entrevista! Muito respeito pelo Brasil!





Acesse: Myspace / 6131 Records

6 de novembro de 2010

POWER TRIP - ARMAGEDDON BLUES

Seguindo a boa leva de bandas texanas, como Bitter End e Iron Age, o Power Trip nos apresenta um crossover animal, daqueles que só o final da década de 80 e começo dos anos 90 proporcionou. Aliás, aos desatentos o Armageddon Blues, lançado em 2009 pela Double Or Nothing Records pode ser confundido com um registro dessa época, pois a produção toda analógica busca a sonoridade de uma mistura entre Nuclear Assault e Cro-Mags. Guitarras cortantes, baixo estralando e vocal extremamente influênciado pelo lendário John Joseph em seis faixas que não deixam o ouvindo tomar fôlego, é muita correria! Destaque para Lake Of Fire que começa com uma bela linha de baixo e Vultures que fecha o EP com muita categoria, riffs animais variando entre velocidade e groove. Enfim, fique atento ao Power Trip, pois se neste EP já destruíram tudo, imagine nos próximos lançamentos.
Acesse: Myspace / Double Or Nothing Records

3 de novembro de 2010

DAYS OF SUNDAY - Demo 2010

Vamos começar a colocar um pouco de melodia nesse eZine, começando pela maior revelação nacional desse ano na minha opinião, e não estou dizendo isso por eles serem grandes amigos meus, mas sim por que, além de ouvir essa demo emocionante, tive a oportunidade de assistir o primeiro show deles e foi algo que a tempos eu não via em uma banda do gênero. Eu estou falando do Days of Sunday, diretamente do lado oeste de São Paulo, esse caras vem fazendo um hardcore fiel ao estilo Dag Nasty de ser, mesclando melodia com agressividade e muita energia, cantando em português e com letras que fazem o coração bater mais forte, transbordando sinceridade e emoção no que acreditam. Tudo isso feito da maneira mais positiva possível. Destaque para musica Recomeço que mostra que esses caras fazem o que fazem por amor ao Hardcore. Você fã de Dag Nasty e Rethink não se sinta mais órfão.