7 de dezembro de 2011

Lasting Values - Keep the Distance

A primeira coisa que me veio a mente ao ouvir esse EP foi IN MY EYES, depois ouvindo mais alguns minutos, me veio a mente CHAIN OF STRENGTH, principalmente por causa da batera e da voz. Diretamente da França, um pouco de Youth Crew tocado com muita velocidade e agressividade, esse é o Lasting Values com seu Ep de estreia intitulado de Keep the Distance. Com certeza esses franceses estudaram bem a formula e gravaram 6 faixas muito bem executadas e gravadas, com destaque para a faixa Lose Control que é uma porra na cara. Esse ep na verdade foi lançado em 2008 pela Mental Damage Records e a Can I Say Records, mas acho que cabe a resenha por ser uma banda que pouco gente conhece de uma cena eu mesmo não conheço praticamente nada. O álbum está liberado completo por streaming, então não deixe de ouvir

Para maiores informações acesse:

5 de dezembro de 2011

Peace

Com saudades do The First Steps ? pois bem, acho que o Peace pode lhe ajudar um pouco. Diretamente de Baltimore, mais uma capital do hardcore atualmente, o Peace veio para dar um tapa de youth crew na cara de quem achava que não se fazia mas bandas nessa linha atualmente. Com membros de bandas como Mindset e Champion, esse single conta com as faixas Be Here Now e Let Go, que se não levar em consideração a qualidade da gravação, poderia-se muito bem dizer que foi algo feito em 1988 ao lado da explosão youth crew de ny. Essas musicas foram lançadas em setembro deste ano e estão disponíveis no bandcamp dos caras sendo possível comprar o download delas. O Peace faz parte do cast da respeitada REACT! Records ao lado de Betrayed, Common Cause, Get The Most entre outras. Vale a apena ir acompanhando esta excelente banda.

Mais informações em: Bandcamp do Peace
REACT! Records

30 de novembro de 2011

Entrevista com Leonardo Cantinfras

É normal para quem está chegando agora e começa a colar em shows, achar que tudo aquilo que está acontecendo é mérito somente das bandas que estão tocando. Mas para quem já esta um tempo envolvido com a parada, sabe que em um simples shows, muitas pessoas estão envolvidas e merecem o mérito, inclusive o publico. Neste cenário podemos identificar as bandas, o publico, os organizadores do show e os selos que se desdobram para lançar o material das bandas.
Hoje estamos entrevistando um cara que além de ser gente boa pra kct, se enquadra em todas essas caracteristas, o Surfista Vegano Leonardo Cantinfras.


Salve Canti, conte-nos um pouco sobre como surgiu a ideia de fazer um selo e como foi o começo da Caustic.
Bom, na verdade quem iniciou o selo foram o Fabio e a Dani. Na época eu tinha minha distribuidora, Mar Sangrento Distro e distribuía somente fitas K7s de demos das bandas: Confronto, Good Intentions, Oposição, Resposta, Extopim, Ofensa, Dissentment e muitas outras. Daí eles fizeram o primeiro lançamento pela Caustic com o cd Odyssey – Eleven Reasons to Live, Eleven Reasons to Die e a partir daí iniciamos nossas atividades juntos. Acredito que tudo começou por volta de 2002/2003. Com o tempo, fomos lançando outros títulos, trocando material, comprando outros, abrimos nossa loja virtual, e estamos ai ate hoje, pra durar!

A Caustic é um dos selo/distro mais respeitados do país, fale um pouco sobre as dificuldades e motivações de manter esse corre.
Manter um selo hoje em dia é prova de muito esforço, dedicação e amor à musica independente. Digo isso não somente para os selos envolvidos com o hardcore, mas em geral. Poucas pessoas hoje em dia apóiam o material físico lançado pelas bandas. Mas pra mim lançar e distribuir material das bandas que eu gosto é uma honra. Por exemplo, na parte de distribuição, mesmo com toda a facilidade que temos para pedir um material no exterior, tem gente que não tem acesso. Daí a pessoa pode contar com a Caustic e adquirir material importado a preço acessível. E sempre terei aquele pensamento de poder ajudar bandas e selos de pessoas amigas distribuindo seus materiais, e fazendo com que outras pessoas tenham acesso a seus lançamentos.

Santos sempre foi um lugar importante para o hardcore brasileiro e agora está cena esta voltando a ter força com bandas ganhando notoriedade e mais shows rolando por ai, comente um pouco sobre esse revival.
Santos é onde eu nasci, cresci e acredito que vá morrer aqui. Estou envolvido com o hardcore aqui desde 94/95 e tive a honra de ver aqui bandas como Los Crudos, Better Than a Thousand, Madball, Shelter, Force Of Change, Purification, New Found Glory, Face to Face, etc....A cena local esta em uma fase que eu vejo como crescimento. As bandas mais ativas daqui estão começando a tocar fora da cidade direto, como Bayside Kings, Blackjaw, Like a Texas Murder e Analisando Sara. Há um coletivo chamado Crucial Times que tem se esforçado para fazer eventos e manter as coisas funcionando aqui. Como exemplo, fizeram recentemente o show do Gorilla Biscuits agora em novembro. Fico muito feliz que ainda há pessoas que mantém as coisas funcionando. Seja em qual cidade for, é sempre importante apoiar nossa cena local.

Aparentemente aqui no brasil o cd continua sendo o tipo de mídia numero um na opção do pessoal que compra material das bandas, porem notamos que a Caustic tem aumentado bastante o numero de vinis disponíveis para venda. Você acha que essa realidade está mudando e que o pessoal esta começando a dar mais valor ao vinil? 
Nossos lançamentos sempre foram CDs e para prensar no Brasil, é o meio mais barato que temos. Ultimamente tenho comprado alguns discos de vinil porque temos um publico que compra nesse formato. Vinil é algo que, acredito eu, todos preferem, seja pela estética como pelo som. O que impede mesmo é toda a logística que existe para pedir um material em vinil de fora: frete mais caro, valor do vinil ao cd muitas vezes mais caro também, mais fácil de ser tributado pela alfândega, ocasionando um valor maior ao preço final. Mesmo com todas essas dificuldades, eu vou continuar teimando e tentando vender ao menor valor possível discos que eu considero bons que mereçam ser distribuídos aqui no Brasil. Mas também não vou deixar de lado o CD, pois ainda é muito procurado por muitas pessoas.

O cds Welcome to your Doom do Ralph Macchio e o Fiel a Tradição do Norte Carte foram lançado pela Caustic em parceria com a Seven Eight Life, comente como rolou essa parceria.
Essa parceria existe a muito tempo, desde que começamos a distribuir os CDs da 78 Life. Se não me engano, foi bem no começo do selo que começamos essa distro. Mas o primeiro lançamento que fizemos juntos foi o split cd Live By The Fist/Tiempos de Honor. Acredito que ainda vamos fazer muitos outros lançamentos, pois temos uma grande amizade com as pessoas envolvidas com o selo 78 Life, pessoas as quais respeitamos e muito por toda sua dedicação que fazem ao hardcore nacional e sulamericano. Mas falando em parcerias, hoje em dia é muito valido, pois são mais possibilidades das bandas divulgarem seus trabalhos, assim como facilita na hora de dividir as despesas. Se houver a possibilidade de fazerem algo em parceira, sempre avaliem as propostas. 

Recentemente vocês lançaram o destruidor Pure Mayhem do Clearview que na minha opinião foi um dos melhores lançamentos de 2011. Quais são os planos futuros da Caustic?
Sim, esse cd do Clearview quando escutamos, falamos na hora: “Temos que lançar esse disco”. Dito e feito, e pra você ver, fizemos em parceria também com o selo Hearts Bleeds Blue e One Voice. Grande parceria que fizemos! Agora sobre nossos futuros lançamentos, teremos o cd da banda Sangue Odio Hardcore, o qual já esta finalizada as gravações, só precisando uma mixagem e masterização, os quais devem ser feitos em breve. E também vamos lançar uma coletânea com as bandas de Santos em um total de 8 bandas. Possivelmente em fevereiro, se todas as bandas conseguirem gravar ate lá, teremos em mãos esse cd. E agora estamos planejando fazer eventos regularmente com o nome de Festa Caustic, os quais estamos fazendo ao lado do pessoal da Juventude Positiva e Crucial Times, tanto em São Paulo capital como em Santos. A minha idéia é fazer, quando o show for em Sp por exemplo, chamar uma banda de Santos, outra do interior, e quando pudermos trazer uma banda de outro estado, e o restante da grande Sp, seja ABC, SP, Zona Leste, Oeste, Guarulhos, etc... O primeiro evento acontecerá agora dia 4/12 com as bandas: Clearview, Still X Strong, Sangue Odio Hardcore, Ralph Macchio e Larusso. Vai rolar no Sattva Bordo, a partir das 17:00 com o valor de R$ 10,00. Também não temos somente a intenção de chamar bandas que fazem parte do selo, vamos convidar bandas de amigos também.

Você já passou por várias bandas que ficaram marcadas na história da nossa cena, entre elas podemos citar como maior destaque o Live By The Fist e o Larusso que agora está de volta. Fale um pouco sobre as bandas que você passou.
Eu confesso que não sou musico nem tampouco tenho essa intenção, mas eu gosto de fazer um barulho, gosto de estar em bandas seja tocando baixo ou guitarra. De todas as bandas que eu toquei e toco, acho que o Live By The Fist foi a banda com que alcançamos mais coisas, fazendo turnê Chile/Argentina e tocando em muitas cidades aqui no Brasil. Lançamos mais materiais, sendo um cd full-lenght e um split cd, agradando muitas pessoas, mesmo a banda carregando consigo a postura Straight Edge. O Larusso ta de volta porque, sabe aquela sensação de que ficou algo incompleto? È isso que eu sinto na banda, acho que podemos fazer muita coisa ainda, e com certeza vai rolar. Sobre minhas outras bandas, já toquei em bandas como Getting Mental (minha primeira banda), Final Expression, Brick By Brick, Unify, Harbor Academy e Deal Cards. Hoje em dia alem de tocar no Larusso, toco em uma banda de hardcore melódico chamada Glorious Bonds e uma banda hardcore punk vegan straight edge chamada Timeshot. Ambas as bandas vão fazer parte da coletânea com as bandas de Santos. Então aguardem que vem coisa boa ai! Alem do que sou membro reserva de bandas como Good Intentions, Live For This, Still X Strong, Corleone, Vendetta, Ralph Macchio e Sangue Odio Hardcore.

Já fazem bons anos que você está envolvido com o hardcore, você acha que a cena mudou de la pra cá? e se mudou, nos diga o que mudou. 
Sim, com certeza a cena mudou, assim como tudo na vida muda. Se formos reparar um pouco, ate mesmo o estilo de som que as bandas tocam hoje em dia, não é o mesmo que as bandas tocavam a 5, 10 ou 15 anos atrás. Hoje em dia eu vejo que está mais fácil organizar shows, as bandas hoje em dia conseguem comprar seu próprio equipamento, facilitando ate mesmo os organizadores, pois trabalhando em coletivo, um empresta um ampli, outro empresta a bateria, etc... O que eu vejo hoje em dia, é que há menos shows fora da grande São Paulo, e quando há em SP, menos shows nos bairros, estão mais centralizados. Pode ser bom ou ruim, depende do ponto de vista de cada um. Talvez um show no bairro, traga uma pessoa que nunca teve contato com o hardcore e faça ela refletir sobre o que é passado em nossa cena. Faça essa mesma pessoa questionar até mesmo sobre a sua própria vida!

Cite algumas bandas que lhe agradam na nossa cena atual.
Cara, bandas hoje em dia tem muitas que me agradam. Posso até esquecer algumas, mas ultimamente tenho escutado muito Still X Strong, Ralph Macchio, Final Round, Clearview, Carahter, O Cumplice, The Alchemists, Norte Cartel, Positive Youth, Blackjaw, Paura, Inspire, Sangue Odio Hardcore, Confronto, Good Intentions, Naifa, Merda, Os Pedrero, Veneno Lento....
Muito obrigado pela entrevista Canti. Como de costume fica esse espaço aberto para você deixar uma mensagem pra rapeize que le esse eZine.
Opa, eu que agradeço o espaço que você deu principalmente a Caustic. Sobre mim, eu sou um cara igual a você ou qualquer um que esteje lendo isso aqui, que resolveu seguir a vida de uma forma diferente, fazendo as coisas que gosta com amor e dedicação, e não sendo mais um que a sociedade impõe ser padronizado, apenas trabalhando até morrer. Há uma vida lá fora esperando pela gente, então acorda e vamos viver. O hardcore punk tem muito a nos ensinar, mesmo a pessoa estando ai há anos. Sempre há alguma coisa nova pra aprendermos e carregarmos conosco em nossas vidas. Depende de nós absorvermos o máximo de coisas boas. Vida longa ao hardcore e todas as formas de expressão que ele pode nos proporcionar. Essa é nossa voz!
Para quem quiser mais informações sobre a Caustic, acessem nosso site:
http://www.xcausticx.com ou mandem email para distro@xcausticx.com

28 de novembro de 2011

SICK OF IT ALL - BLOOD, SWEAT AND NO TEARS (1989)

12 de julho de 1989 (pois é... alguns de vocês nem tinham nascido ainda) é lançado pela Relativity Records o primeiro LP de uma das bandas mais emblemáticas do hardcore nova-iorquino, o Blood, Sweat and No Tears do Sick Of It All! Depois de um EP de estréia animal dois anos antes, os irmãos Koller, Armand Majidi na bateria e Rich Cipriano no baixo (o Craig Ahead só entrou em 1992, mas neste disco ele faz os backing vocals), regravaram essas músicas e adicionaram mais doze pedradas que fazem deste LP um marco do hardcore, com certeza abriu caminho para as bandas da época buscarem tocar mais rápido (pegue a levada em GI Joe Headstomp), com breakdowns maloqueiros e um peso extra, incluindo as letras agressivas. Enfim, são 19 faixas obrigatórias em pouco menos de 30min, uma verdadeira aula! Sem deixar você tomar fôlego os caras jogam clássicos como: Clobberin’ Time, Give Respect, GI Joe Headstomp, Ratpack, My Life, BS Justice, entre outros. São 25 anos de SOIA e, como diz o novo álbum de regravações deles Nonstop, sem pausa no hardcore, goste ou não da fase mais recente, não tem como deixaar de respeitar uma banda como essa.

Obs. Já me perguntaram o motivo da gente postar tanta coisa de New York ou bandas influenciadas por lendas de lá... Escuta esse disco que você vai entender.



IT'S CLOBBERIN' TIME!!!

25 de novembro de 2011

Wardogs - Outcast Behaviour

Talvez seja esse o melhor registro de hardcore do reino unido dos últimos tempos. Fazendo uma mescla de Agnostic Front, Warzone, Iron Boots, Brotherhood e Rampage o Wardogs é a prova que hardcore de velha escola com qualidade e maloqueragem não se faz só na america. Outcast Behaviour é o segundo lançamento desta excelente banda, que já lançou uma demo impecável também. Este álbum contem 6 sons perfeitos para o 2-steps com destaque para a faixa Self Righteous que é uma cacetada. Banda digna de fazer parte do cast da Lockin Out. A má noticia é que infelizmente a banda acabou agora em outubro, nos deixando essa sede por mais álbuns. Você que é fã de hardcore simples, direto e muito maloqueiro, tem a obrigação de ouvir este disco.

21 de novembro de 2011

Entrevista - Soul Search

Soul Search com certeza, entre as bandas novas, é uma das favoritas da casa! Já fizemos dois reviews de lançamentos deles por aqui, só procurar que vale a pena conhecer, e agora a oportunidade de conversar um pouco com o baterista e um dos membros fundadores Dorian Zambrano pra uma entrevista aqui no Day By Day. Assuntos como o lançamento do novo EP pela Triple B Records, a cena da Califórnia que nunca parou de lançar bandas boas, processo de composição do novo registro, entre outros. Confiram!



Primeiramente muito obrigado pela entrevista! E pra começar, como começou o seu envolvimento com o hardcore? E como o Soul Search começou?

Sem problemas mano, obrigado você por nos dar a oportunidade! Bom, eu comecei no hardcore através do punk rock e fui muito envolvido no punk até uns quatro, cinco anos antes de realmente me iniciar no hardcore, mas a transição foi muito fácil. Nós começamos a banda no começo do ano passado (2010), eu e Omar (vocalista) estávamos a procura de montar uma banda, foi quando conhecemos nosso primeiro guitarrista, Ronnie, através de um amigo em comum. Logo de cara o entrosamento foi ótimo e começamos a tocar. Chad assumiu o baixo pouco tempo depois e nós escrevemos as músicas da demo. Mas houve uma mudança na formação desde essa época, Aaron é nosso guitarrista solo e Ricky na base, e Alfredo assumiu o baixo.


Vocês são obviamente muito influenciados pelo que há de melhor no NYHC, além dessas bandas clássicas o que tem tocado nos falantes atualmente?

Bandas recentes como Xibalba, Turnstile, Take Offense, Boston Strangler, Omegas, Naysayer... apenas para citar algumas.



Para uma banda relativamente nova, como é ser chamado para um festival como o United Blood de 2011, junto com o lendário Breakdown, ou até mesmo o Sound and Fury com muitas bandas animais?

Bom, o Breakdown terminou cancelando o show no United Blood (nota: a banda acabou, mais uma vez...) e eu fiquei chateado demais com isso. Mas nós também acabamos nem tocando no festival por causa de alguns problemas de trabalho. Sound and Fury foi animal, muitas bandas ótimas tocaram, inclusive algumas das minhas favoritas da atualidade. Eu gosto de tocar em festivais, por que você toca com muitos amigos, e também tem a oportunidade de fazer novas amizades. Você também tem a oportunidade de conhecer novas bandas que nunca tinha visto/escutado antes.


A Triple B Records lançou recentemente o novo EP de vocês, "Bury The Blame", em vinil 7". O EP tem uma pegada mais pesada que ficou animal! Conta pra gente como foi o processo de composição e até agora como foi o feedback das pessoas?

O processo de composição foi um pouco estranho, pelo menos pra mim. Eu não fiquei tão animado com as músicas logo de primeira, pois não sabia como as pessoas reagiriam a essa pegada mais pesada. Mas assim que nós gravamos e conseguimos deixar as músicas soando exatamente como queríamos, eu fiquei muito ansioso para que todo mundo escute! Até agora a gente tem recebido um feedback muito positivo a respeito do novo álbum e isso é ótimo! Nós realmente somos gratos pelo apoio de todos!



Rotting Out, Alpha and Omega, Take Offense, Violation e muitas outras, todas bandas da Califórnia e coast oeste dos EUA em geral. Atualmente como se encontra o "westcoast hardcore"?

O hardcore na nossa área está passando por um período animal! Muitas bandas legais estão surgindo.


Mais uma vez muito obrigado Dorian! Fique à vontade para mandar um recado ao pessoal que acompanha o Day By Day e o Soul Search!

Comece uma banda e faça tours com seus amigos! É a coisa mais legal que existe!
Escutem XIBALBA!!!

Acesse: MySpace / Facebook / Triple B Records

18 de novembro de 2011

Outburst - Miles to Go (1989)

New York é realmente uma terra impressionante. São incontáveis as grandes obras que saíram de la e muita coisa que se fazia na década de 80, continua sendo referencia até hoje, como é o caso desse clássico que vou comentar agora. Apoiados desde o inicio por grandes bandas da cena de ny como por exemplo Leeway, Raw Deal / Killing Time, Token Entry e Gorilla Biscuits, em meados de 1987 esses caras gravam sua primeira demo. Sujo, pesado, direto e com um dos vocais mais embaçados de todos os tempos, surge o Outburst. Toda vez que ouço os sons Think For YourselfTrue da demo, fico impressionado, como se fosse estivesse ouvindo pela primeira vez. Alguns anos depois em 1989 veio a coletânea New Breed Tape onde seria mostrado ao mundo um dos maiores clássicos da história do hardcore feito pelo Outburst, The Hard Way. Ainda em 1989 (segundo alguns sites 1990) veio a pedrada, Miles to Go. Letras nervosas, melodias ainda mais pesadas do que as anteriores e o vocal chegando ao seu máximo de agressividade. São 7 sons impecáveis, com destaque para No Choice, When Things Go Wrong e a regravação da Thin Ice que ficou ainda mais pesada. Hoje para muitos o Outburst é a melhor banda que surgiu em NY, uma certeza que tenho é que, se não for a melhor, está entre as melhores. Infelizmente não se acha muita coisa sobre o Outburst, principalmente com relação a vídeos, mas o pouco que se acha serve para provar o quanto essa banda é indispensável para qualquer pessoa que gosta nem que for um pouco de hardcore. Para quem ainda não percebeu, esse disco é uma das maiores influências da minha banda, recomendo a todos...

16 de novembro de 2011

Still Strong - Awake and Disturbed

Mais uma prova que D.I.Y. não significa faça qualquer porcaria. Excelente trabalho do Felipe Madureira com a maior revelação do Hardcore Vegan Straight Edge dos últimos anos, o Still Strong.


StillxStrong - Awake and Disturbed from Felipe Madureira on Vimeo.

14 de novembro de 2011

ROTTING OUT - STREET PROWL

Demorei um pouco, mas fica o registro sobre o lançamento mais recente de uma das minhas bandas preferidas da nova safra norte-americana. Street Prowl representa um grande passo pros californianos do Rotting Out, pois se trata de seu primeiro LP e apresenta uma mudança importante na formação da banda. Sai o carismático Maine Mike e o então baixista, Walter Delgado, assume o mic. Mesmo com o antigo vocal passando mais agressividade, Walter faz um trabalho muito bom, aliás, a banda toda! Os filhotes do Suicidal Tendencies continuam acelerados na mistura entre o hardcore da costa oeste (ST, Pennywise, Black Flag) e o da costa leste (Outburst e Killing Time), com uma gravação muito boa, guitarras cortantes, baixo estralado e bateria bastante grave. E mais uma vez destaque para as letras, com um realismo (que pode ser encarado como negativismo) demonstrado de maneira muito honesta (confiram no Tumblr da banda).


Acesse: Facebook / Tumblr / Twitter / 6131 Records

7 de novembro de 2011

Streaming do PURE MAYHEM do CLEARVIEW

No final da semana passada um dos disco mais aguardados desse ano foi liberado completo para audição no trama virtual, eu estou falando do PURE MAYHEM do destruidor CLEARVIEW e eu só tenho uma coisa a dizer sobre esse disco, PUTA QUE PARIU, QUE PEDRADA NA CARA!!!. De longe esse é o melhor lançamento da banda, são 11 faixas onde uma é mais porrada do que a outra, com uma produção digna de exportação. Esse disco teve seu lançamento previsto para o dia 05/11 porem foi adiado graças ao atraso da fabrica, de qualquer forma, ele será lançado pela Caustic, sendo assim estará de fácil acesso a todos. Fans da velha escola do hardcore tocada com peso e precisão, este é um registro indispensável para vocês, vale lembrar também que a banda já havia disponibilizado toda sua discografia para download também no trama virtual, basta fazer o seu cadastro e baixar.  Só mais um comentário, se depois de ouvir você ficar de queixo caído, acompanhe a agenda dos caras e não deixe de colar no shows, porque os shows são ainda mais brutais, se prepare para muita dança violenta!

31 de outubro de 2011

Entrevista - War Hound

Um dos lançamentos de 2011 que mais chamaram minha atenção foi um EP de uma banda que até então não conhecia, e que logo na capa já usou a arte do clássico Urban Discipline do Biohazard, essa banda é o War Hound de Chicago, Il. Representando o "midwest hardcore", assim como os últimos gringos que cederam entrevista pra gente, o Out Of Time. Uma das bandas mais promissoras da atual safra, conquistando seu espaço em alguns dos principais festivais gringos, como o Sound and Fury, os caras apresentam o bom hardcore no melhor estilo new yorker anos 90! Recomendo muito os downloads ao final da entrevista, todos liberados pela própria banda. Enfim, segue a rápida conversa com o baterista Nico Lacorcia.



A primeira impressão que eu tive do War Hound foi logo pela capa fazendo referência ao Urban Discipline do Biohazard no EP de vocês, "Return of the Hardstyle". Qual a importância que o hardcore de New York possui no som de vocês?

Toda nossa sonoridade e razão da banda existir é por causa da cena nova iorquina. Bandas como o próprio Biohazard, Crown Of Thornz e Madball são nossas favoritas.


Já que comentamos as influências, conta pra gente como a banda começou.

A banda começou em 2009, em uma garagem. Nada muito louco... hahaha



Em 2010 vocês lançaram a demo "To The Hounds", e no começo do ano o EP "Return of the Hardstyle", com quatro músicas animais! O que este registro representou para a banda?

Nós realmente tentamos evoluir, dar um passo à diante, com o "Return of the Hardstyle"! Mas acabamos de lançar outra demo, chamada "Colder Than Ever Demonstration 2011", vocês definitivamente deveriam conferir!


Sempre vejo pela página de vocês do Facebook que a banda é muito ativa, com shows espalhados por boa parte dos EUA. Como você encara a cena norte-americana pra uma banda nova?

A cena americana realmente é diferente do resto do mundo, com mais oportunidades. Nós amamos a cena hardcore dos EUA!



Quais os próximos planos para o War Hound?

Estamos iniciando o processo de gravação do nosso primeiro LP, "Colder Than Ever", no final de outubro. E deve ser lançado pela I Scream Records no começo de 2012.


Vocês já ouviram falar a respeito do hardcore aqui no Brasil?

Já ouvimos muitas coisas boas a respeito, por bandas que já tocaram por aí. E também sabemos que é uma cena bastante ativa já por um bom tempo.



Nico, muito obrigado pela entrevista! Agora é o seu espaço pra mandar algum recado para os leitores.

Muito obrigado por conferir a banda, comprar merch e baixar nossas músicas! Esperamos tocar pelo Brazil em breve! ESCUTEM BIOHAZARD!

Acesse: Facebook / Twitter / I Scream Records / DOWNLOAD - FOR THE HOUNDS (2010) / DOWNLOAD - RETURN OF THE HARDSTYLE (2011) / DOWNLOAD - COLDER THAN EVER DEMONSTRATION 2011

War Hound (Full Set) from hate5six on Vimeo.

24 de outubro de 2011

FINAL ROUND - MY CONVICTION (SINGLE)

No hardcore dos anos 80, bandas de New York como Breakdown, Cro-Mags, Killing Time (Raw Deal), Judge, Outburst mostraram que o estilo poderia ser ainda mais pesado e agressivo. E depois de algumas décadas e milhares de quilômetros de distância, uma banda paulistana formada por “quatro garotos Straight Edge Vegetarianos/Vegans”, decidiu apostar forte nos ensinamentos dessas lendas, ou seja, hardcore verdadeiro, direto e agressivo. Escutando este single, My Conviction, é exatamente isso que você vai ter, com dois novos sons do Final Round(que podem ser conferidos na página da banda no Facebook), se prepare para aquele 2-step maloqueiro, circle pit a milhão e muito sing-along, destaque também pra gravação com timbres ao melhor estilo 80's! Também vale lembrar que este single é apenas a prévia do EP Now or Never que logo mais sairá pela 78 Life Recordings e pelo visto... vem pedrada por aí!

Acesse: Facebook / 78 Life Recordings

17 de outubro de 2011

BATTERY - WHATEVER IT TAKES (1998)

Seguindo mais uma vez a proposta de comentar sobre os clássicos pessoais do hardcore, o álbum da vez é um que devo escutar inteiro pelo menos uma vez por mês, não sei se é pelo fato de ser o primeiro que escutei da banda, mas com certeza ainda é o que mais gosto. Lançado em 1998 pela Revelation Records, Whatever It Takes é o último registro do Battery , banda straight edge de Washington D.C. capitaneada pelo Ken Olden na guitarra (Damnation A.D., Better Than A Thousand) e pelo vocalista Brian McTernan. É um fato que este é o disco menos agressivo da banda, pois foram ainda mais adiante com a proposta que já tomava forma nos anteriores, mas o que poderia ser um ponto negativo os caras transformaram em um grande diferencial, é escutar pra já se emocionar com os sing-alongs, as letras muito inspiradas e a mescla do old school, principalmente youth crew, com um lado mais melódico aliado ao vocal do McTernan. No entanto, mesmo o resultado animal desse disco, em algumas entrevistas o próprio vocalista comentou que o próximo teria sonoridade mais agressiva, o que nunca acabou acontecendo, pois o Battery terminou as atividades logo após uma tour de divulgação do próprio Whatever It Takes, segundo relatos por divergências entre a dupla McTernan/Olden.



WHATEVER IT TAKES, WE'LL STAND TOGETHER.

EDGE DAY 2000 - THE LAST SHOW OF IN MY EYES

Sem muitos comentários para essa lenda! Uma das melhores bandas da cena straight edge que já apareceram na história e que continuam fazendo escola até hoje. Com vocês IN MY EYES


10 de outubro de 2011

Entrevista - Repulsa

Em uma conversa pelo Facebook com o camarada Diego Garcia sobre os lançamentos de 2011, começamos a citar várias bandas nacionais que vêm lançando material de muita qualidade. E o objetivo é deixar as portas abertas para divulgar o trabalho dos guerreiros que, mesmo contra muita coisa, ainda acreditam no hardcore. Começando pelo Repulsa banda de São Paulo que acaba de lançar o EP My Faith, demonstrando muita dedicação às vertentes mais pesadas do hardcore. Segue a entrevista com o vocalista, tatuador e santista insuportável nas horas vagas, Carlos Zucato sobre o lançamento do EP e o trajeto percorrido pela banda de 2006 pra cá.



Salve Zucato, desde já agradeço pela entrevista! Conta pra gente como e quando o Repulsa começou.

O Repulsa começou em 2006 com o intuito de fazer um som pesado e totalmente influenciado pelo NYHC, por diversão mesmo, não almejávamos nada grande, apenas tocar! 4 caras, risadas e tattoo!


Nestes anos de caminhada a banda já possuiu diferentes formações, como foi esse processo de renovação?

Na verdade o que foi acontecendo foi que com o tempo a banda começou a ficar mais conhecida e com isso a responsabilidade para com a banda aumentou e com isso foi separando quem queria realmente levar a banda a sério e quem só queria uma distração, até que em 2008 paramos nossas atividades, mas em 2009 após a FOR MY FAMILY TOUR (Madball e Agnostic Front) resolvi retomar o barulho e reformulei totalmente a banda com uma galera firmeza, em 2010 voltamos aos palcos com força total e um som muito mais pesado!



Logo de cara é fácil identificar algumas influências da banda do lado mais casca grossa do hardcore, como Madball e Terror, mas em geral o que influencia vocês na hora de compor as músicas e as letras?

Pow, é muito aleatório, vai do que a gente tá escutando no momento, tem passagem de música que lembra Down to Nothing, gostamos muito de Trapped Under Ice, Thick as Blood, Hatebreed, bandas de Metalcore como Heaven Shall Burn e também bandas "modernas" como August Burns Red, Parkway Drive e por aí vai, acho que por isso podemos dizer que o Repulsa hoje faz uns dos sons mais "ecléticos" do hardcore nacional!


A banda é paulistana e você mesmo mora na capital de SP faz alguns anos, com encara a cena do hardcore da maior cidade do Brasil comparando com alguns anos atrás?

Na verdade eu sou de Minas Gerais e a banda tem 2 integrantes do interior de São Paulo, moro em Sampa faz 6 anos, e percebo que mesmo a cena sendo grande, tem muita segregação, tem gente que só vai em certo tipo de show, tem gente que só agita em certo tipo de banda, tem organizador de show que só chama as mesmas bandas, acho que com um pouco mais de união poderíamos ter uma cena tão grande como a do metal ou a do hardcore melódico. Hoje faltam lugares também para se armar um show, tendo em vista que os lugares que se tem disponibilidade para shows são caros e o fator predominante para o declive de shows aqui é o fato de que as bandas são fudidas de grana, então com isso os shows ficam escassos e a oportunidade para bandas novas ficam mais escassas ainda!



Conheci o Repulsa ainda cantando em português e agora nessa nova versão com músicas em inglês, como foi a transição?

A mudança foi crucial pelo estilo de som, relutamos em fazer isso, mas o inglês é muito mais melodioso e também a vontade de fazer uma tour pela Europa!


Falando nas novas músicas em inglês, recentemente vocês lançaram o EP "My Faith", o que representa esse registro na história da banda e como foi a repercussão até agora?

Foi um novo ponto de partida onde se separou os "homens dos meninos", esse EP representa pra gente um marco na história da banda, foi o primeiro álbum lançado de todos os integrantes da banda, fez a vontade de tocar só crescer pra gente. Quanto a repercussão até agora, só colhemos bons frutos, ficamos lisonjeados pela resenha que Wladmir Cruz, do site Zona Punk, fez! Vale a pena vocês conferirem! Clique Aqui!






Mais uma vez obrigado pela entrevista! Agora é espaço livre pra você mandar um recado aos leitores do Day By Day.

Se você tem um zine, um selo, uma banda ou arma show, faça sempre com amor, carinho, respeito e seriedade, nunca desista! Dê o sangue, hardcore é um estilo de vida onde cada um é uma pecinha de um gigante quebra cabeça no qual se você deixar de participar, realmente fará falta!
Gostaria de agradecer as nossas famílias pelo suporte, aos selos HEARTSBLEEDBLUE, BALBOA RECORDS E STILL BURNING que acreditaram na banda e a todos os amigos que sempre estão juntos com a gente na luta por uma cena mais unida! STAY TRUE MOTHERFUCKERS!

Acesse: Facebook / Still Burning Records / Balboa Discos / HeartsBleedBlue

4 de outubro de 2011

This Is Hardcore Festival - Segundo dia (12/08/2011)

Salve malocas! Desculpem a demora, mas estou novamente aqui para relatar o segundo dia do festival THIS IS HARDCORE. Acredito que eu lembre de muita coisa ainda, então tá valendo.

Pelo lado bom, ou não, o site www.hate5six.com disponibilizou vídeos com todas (isso mesmo, todas!) as bandas do festival, então dá pra refrescar a memória.

Vou falar rapidamente sobre meu dia e já chegou no festival. Do primeiro pro segundo dia dormimos na casa de uma amiga da Amber (os outros dias ficamos em um hotel). Acordamos no dia 12 e foi o tempo de almoçar e ir direto para o local do show, que dessa vez seria no "The Starlight Ballroom" e não mais na igreja.

Segue uma dica aqui pros veganos que forem a Philadelphia um dia: Fomos almoçar numa pizzaria vegan, chamada Black Bird. Mano!!! Eu não sou vegan e já comi muita coisa vegan ruim, mas esse lugar é sensacional, comida MUITO BOA! Recomendo!

Vamos ao que interessea. Seguimos para o local do show, como já falei em outro local. Este era bem maior e tinha uma estrutura que "rodeava" praticamente o lugar todo só com banquinhas de merch, sensacional! Muito material mesmo, pena eu estar com o dinheiro contadíssimo.

Wrong Answer - Representante locais de Philly (Como o pessoal fala Philadelphia por aqui) que mostram um punk hardcore bem energético. Mais hardcore do que punk eu diria, daquelas bandas que deixa molecada correndo no circle pit o tempo todo. Detalhe que antes da banda iniciar sobe um maluco no palco de cueca e capa e fala umas besteiras lá pros caras entrarem em cena, depois dá um stage dive e começa o som! Coisa de americano doido, rs rs. Ao contrário da primeira banda do dia anterior que não teve muito "acolhimento" do público o Wrong Answer fez um excelente show ainda mais se tratando de ser a primeira banda. Talvez isso se deve ao fato de serem locais e o pessoal já conhecer o som e dar o devido suporte à banda.


Praise - Oriundos de Baltimore o Praise mostrou um hardcore simples, cru com uma certa dose de melodia. Para fans de Dag Nasty pode ser uma boa pedida.



Mother of Mercy - Primeira banda conhecida para mim no dia e eu particulamento acho o trabalho desses caras bem interessante. Recentemente lançaram o ótimo EP "IV: Symptoms Of Existence". Nos palcos o Mother of Mercy mostra um hardcore pesado, com breakdown's na medida certa. É uma ótima banda pra quem gosta de algumas coisas da nova geração como Cruel Hand e Backtrack.



Nails - Formada por Todd Jones (Ex-Terror, Carry On, Internal Affairs, Snake Eyes, Blacklisted e atual Betrayed!!!) era uma das bandas que eu esperava pra ver nesse dia. Pra falar a verdade eu nem conhecia muito o trabalho deles, porém devido a recomendações de alguns amigos do Brasil, que sempre falaram muito bem do Nails, eu estava ancioso pra ver realmente quem eram eles. A definição pro Nails, vou usar uma que li quando fui atrás de informações da banda e achei muito interessate, seria mais ou menos isso: Imagine um cruzamento entre bandas da década de 90 (Helmet, Today is The Day, Unsane) com Cro-Mags em "Age of Quarrel". Pois bem, esse é o Nails, que apesar de não tocar o tradicional hardcore, eles sempre tocam em festivais desse tipo. O show em si foi bem foda, a banda realmente mostra um show diferente e interessante. Eu já estava gostando e pra melhorar e ganhar de vez minha admiração eles tocaram um cover de Breakdown, da música "Sick People". SIMPLESMENTE FODA! Assistam até o fim que eu recomendo!

Obs: Prestem atenção no som desse baixo ao vivo.


Ringworm - Apesar de não acompanhar mais o trabalho do Ringworm, conheço a um bom tempo pelo fato do Frank 3 Gun (ex-Terror, Integrity, Pitboss 2000 e atual Hatebreed) ter tocado na banda. Então quando comecei ouvir Terror, acabei conhecendo o Ringworm de tabela. Vindos de Clevelando, Ohio, representando o hardcore dos anos 90. Fizeram um show bem legal. Quando tocaram a famosa "Justice Replaced by Revenge" literalmente o local veio abaixo, um moshpit violento se formou, acho que foi aí que comecei ver olhos roxos no meio da multidão e sangue pelo chão.


Mouthpiece - Esse segundo dia de THIS IS HARDCORE tem bandas clássicas para todos os gostos. Dessa vez é a vez do Mouthpiece. Hardcore noventista (com influência do clássico youth crew) com melodias misturada a sua receita. Como toda banda clássica o show foi recheado de sing's along, um verdadeiro espetáculo por parte do público.


Title Fight - Agora é a vez da banda "sensação" do momento hardcore melódico dos EUA.
Eu pessoalmente não sou muito fan da banda, mas confesso que o show foi espetacular. Vale lembrar que esses "muleques" são bem envolvidos na cena hardcore daqui, vários deles tocam em outras boas bandas do hardcore dito "pesado". Como decorrência disso, são muito respeitados, inclusive no show do H2O (desse mesmo dia, falarei mais a frente) a banda foi "cumprimentada" em palco pelo Toby.


Token Entry - Mais um dinossauro presente no THIS IS HARDCORE 2011. Conheço o Token Entry de nome a um bom tempo, mas demorou pra eu realmente ouvir o som da banda, infelizmente. Representando a primeira escola do hardcore skate punk de New York os caras fizeram um show bem legal, várias figuras do hardcore estavam presentes somente para vê-los. Vale a pena ver o vídeo até o fim, na realidade o final é uma das melhores partes.


H2O - Dispensa apresentação, certo? ERRADO! Para abrir o show do H2O estava lá o "filhinho", que já não é tão pequeno, para convocar todos a assistir o show do papai. H2O a maioria já conhece, provavelmente muitos dos que estão lendo esta resenha foram aos shows do Brasil. Energético, rápido e todos cantando junto, no geral nada em especial do que já nã havia visto no Brasil, exceto e destaque para o cover de "Pride" do Madball. Não me lembro, mas acho que sim, quando eles tocam "Family Tree" eles emendam no meio "Waiting Room" do Fugazi.


Youth Of Today - Tem certas bandas na vida da gente que podemos ver show todos os dias que não enjoaríamos. No meu caso, Youth Of Today é uma delas. Para alegrar vocês, o show do YOT não deixou nada a desejar em relação ao Brasil, ambos foram fudidos! Dispensa apresentações também, só digo que fechou com chave de outro esse dia espetacular do THIS IS HARDCORE 2011, vale a pena assistir cada segundo do vídeo.

3 de outubro de 2011

SOUL SEARCH - BURY THE BLAME

Aproveitando um post do meu camarada Diego Garcia (a.k.a Buneco) que tava pra sair faz tempo sobre a demo animal do Soul Search, já escrevo sobre o primeiro lançamento dos californianos pela Triple B Records, atualmente um dos selos mais atuantes no underground do hardcore norte-americano e que lançou algumas das bandas postadas aqui. O que já estava claro desde o lançamento da demo toma uma forma mais encorpada e pesada neste 7", o Soul Search não está pra brincadeiras! Hardcore muito potente, sem esquecer os momentos pra dança violenta, bastante influenciado pelo lendário Outburst. São quatro faixas mantendo um ótimo nível, mas destaco a insana "Stuck", com uma passagem que vai ser trilha sonora de muito mosh intenso na atual tour dos caras. E liricamente também não decepcionam, com boas letras pelo vocal Omar, com foco em problemas pessoais que todos enfrentamos e sem positivismos ou negativismos exagerados. E pra quem gostou da banda, no mês de novembro vamos postar uma entrevista que o baterista, Dorian, concedeu pro Day By Day!

Acesse: MySpace / Facebook / Triple B Records

22 de setembro de 2011

IRON MIND - HELL SPLIT WIDE OPEN

Boas referências tendem a ter grande importância em como uma banda possa soar, ao visitar o myspace do Iron Mind, antes de ouvir alguma música deles, já avistei no canto direito as tais influências: Cro-Mags, Biohazard, Metallica, Leeway e Integrity. Todas são bandas icônicas, cada uma a sua maneira, no entanto, nada disso bastaria se o som deles fosse ruim, o que felizmente não é o caso. Hell Split Wide Open é um LP recentemente lançado pela Dead Soul Records, selo da terra natal dos caras, Austrália, e apresenta uma sonoridade pesada, mesmo que não tenha tantas semelhanças me lembrou o Integrity na época do Systems Overload, na questão do timbre dos instrumentos, mas sem deixar de lado aspectos mais tradicionais do hardcore. São 10 faixas acima da média, vale à pena acessar os links abaixo pra conferir!

Acesse: MySpace / Facebook / Dead Soul Records

15 de setembro de 2011

Entrevista - Out of Time

Influências do querido NYHC do final da década de 80 pro começo da de 90, como Breakdown e Crown of Thornz sempre são bem-vindas, desde que bem executadas. E esse é o caso do Out Of Time! Representando o centro-oeste dos EUA, a banda vem com uma demo recém lançada (liberada para download), mas que já apresenta uma qualidade fora do comum pra um grupo tão novo. Confiram a entrevista com o baterista Ross Gordon.



Só pra iniciar, conta pra gente como e quando a banda começou.

Out of Time começou este ano mesmo. Travis, Kyle e eu estávamos com outra banda que terminou em março. Mas nós imediatamente já queríamos voltar a tocar. Conhecemos nosso vocalista Brennen por sempre colar em shows pelo centro-oeste e ele pareceu interessado em tocar, nisso já tinha um amigo nosso querendo tocar baixo. Eles dirigiram quatro horas pra St. Louis para o primeiro ensaio e está sendo animal desde então!


Quando escutei a demo, logo veio a mente várias bandas mais antigas que todos nós gostamos, quais são suas principais influências e como é o processo de composição do Out of Time? O que o pessoal pode esperar da banda?

Posso dizer que somos muito influenciados pelas bandas de New York do final da década de 80 e começo dos 90's. E como dois de nós moram mais de quatro horas de distância do resto, as músicas são compostas de um jeito meio diferente. Travis, Kyle e eu escrevemos a estrutura da música, gravamos de maneira bem precária e mandamos pro Brennen, que já escreve as letras em cima. Torna as coisas bem mais rápidas quando os dois viajam até a cidade para ensaiar.

E sobre os planos futuros, estamos lançando um vinil 7" pela Lost Time Records na época do inverno (final do ano). Estamos muito animados pra lançar esse disco, melhor material que já escrevemos.



A demo de vocês foi recentemente lançada pela internet, pretendem lançá-la em mais algum formato?

Lançamos online e fizemos algumas fitas K7 por conta própria pra nossa tour. Mas a Born Ill Records já lançou uma segunda leva das fitas, bem melhores por sinal! Estão disponíveis aqui: Born Ill Records

Como é manter a banda e ter uma vida "normal"?

Essa vida "normal" é muito entediante, mas todos nós temos trabalhos comuns.



E sobre a cena do centro-oeste norte-americano, como estão as coisas?

Atualmente estão ótimas! Muitas bandas animais fazendo grandes trabalhos! Escutem: Expire, Bent Life, Agress, Everything Went Black, Another Mistake, FocusedXMinds, e War Hound.


Muito obrigado pela breve entrevista! Agora o espaço é seu.

Em 2012 nós estaremos fazendo algumas coisas muito legais, não esqueçam do Out of Time!



Acesse: Facebook / Bandcamp / Twitter / DOWNLOAD - DEMO 2011

9 de setembro de 2011

Enforcers - Demo MMX

Hardcore, simplesmente hardcore, pesado, agressivo e sem firula, é assim que defino o som dos canadenses do Enforcers. Em Julho de 2010, eles lançaram essa demo que é realmente acima da média, uma gravação impecável, musicas bem construídas, rápidas e com partes mosh encaixadas na medida. É o tipo de banda que agrada tanto fãs de Cro-mags como fãs de Madball antigo. Destaque pra violenta Dead To Me com muito peso tanto na melodia como na letra, que vale ressaltar, todas as letras carregam uma carga alta de raiva. Infelizmente não consegui muita informação sobre essa excelente banda, mas no bandcamp deles já da para ouvir um som do trabalho novo que eles estão preparando, então é conferir e esperar.

Download da Demo
Acessem: Bandcamp do Enforcers

FUCK YOU! I'll never be like you
Try to take my pride and I'll STOMP YOU
This world won't fucking defeat me
try and try but I'm still ON MY FEET

7 de setembro de 2011

Clearsight - Demo 2008

Eu sei que essa demo já está meio antiga pro esquema que agente adotou aqui para as resenhas, mas acho injusto deixar essa banda de lado. Diretamente da Ucrânia, estamos falando de uma das melhores crias do Straight Ahead que eu já ouvi na minha vida, o Clearsight.  São 7 sons, com uma ótima gravação (que por sinal, se não fosse por isso, poderia se passar por uma banda de 85/86) sendo o ultimo um cover do Straight Ahead (claro). Sons rápidos e letras positivas cantadas com o tipico vocal youth crew que o estilo pede. Essa demo saiu em 2008 em fita k7 de forma independente e depois saiu como 7 polegadas pela React!. Pelo que diz no myspace dos caras a banda acabou em 2009 mas deixaram uma nota dizendo que se reuniriam esse ano para gravar um novo EP. Espero que essa reunião aconteça.

5 de setembro de 2011

Not Afraid - Be Yourself

Bélgica... sempre a bélgica nos surpreendendo no quesito hardcore. Apesar de não podermos mais contar com grandes nomes do hardcore belga como Dead Stop, Justice, True Colors entre outros, muita coisa extremamente relevante continua saindo de la, como é o caso do NOT AFRAID! A primeira característica marcante (e massacrante por sinal) desta banda é o vocal forte e marcante do Packo, sim ele mesmo, o Packo do True Colors, quem conhece sabe que nem preciso dizer mais nada. Be Yourself ep lançado esse ano por esses belgas entendidos do assunto, traz seis sons fortemente influenciados pelo bom e velho hardcore do final dos anos 80, que variam entre partes dançantes, partes carregadas e algumas partes rápidas, tudo com toda a agressividade do vocal de Packo, destaque para a faixa be yourself que é uma porrada. As letras são muito boas também, vale a pena praticar o inglês. Com certeza quem gosta de True Colors vai gostar e muito do Not Afraid.

1 de setembro de 2011

Soul Search - Demo 2010

Esta resenha está meio atrasada devido a hiato que tive aqui no DBD, mas tudo bem, não vamos deixar passar. No começo do ano passado uma verdadeira pedreira foi lançada na califórnia. Com influências de Breakdown, Madball, Outburst, Crown of Thornz entre outros mestre do estilo, o violento Soul Search lançou sua Demonstration. São 5 faixas (1 intro + 4 sons) totalmente carregadas com muito peso e partes perfeitas para danças violentas. Para fazer uma referencia as bandas atuais podemos citar o Backtrack e o Hardside. Atualmente eles fazem parte do cast da Triple B Records já com novidades lançadas que em breve serão postadas aqui no DBD pelo nosso brother Bruno Pinguim.

Acessem : MySpace / Facebook / Triple B Records

30 de agosto de 2011

STREET SWEEPER - S/T

De volta às postagens no DayByDay! Logo de cara com uma banda que não sai da playlist faz algumas semanas, o Street Sweeper , que é representante do bom e velho BOSTON HARDCORE . O disco em questão se trata de um 7’’ recentemente lançado pela Shoe City Records, no entanto, com audição liberada no bandcamp da banda (link abaixo). São cinco faixas compostas por quem com certeza ouviu muito Cro-Mags e Breakdown, thrash/crossover oitentista, com adição de algumas quebradas no melhor estilo 90's, seguindo a linha de bandas como o Backtrack. Depois de uma boa demo lançada ainda em 2010, este 7’’ mostra uma grande evolução, principalmente na gravação, que deixou o som pesado na medida certa com o baixo e bateria estralando. Enfim, Street Sweeper é mais um bom nome da cena norte-americana, que cada vez mais tem deixado de lado as insuportáveis afinações baixas e breakdowns a cada 10 segundos.

Acesse: Bandcamp / MySpace / Shoe City Records

22 de agosto de 2011

This Is Hardcore Festival - Primeiro dia (11/08/2011)


Após um bom tempo sem postar por aqui, estou voltando para relatar algumas experiências que tenho tido com o hardcore aqui na terra do Tio Sam. Nada melhor como começar essa série de postagens falando da minha mais recente, e maluca, viagem à Philadelphia para o famoso This Is Hardcore Festival.


O festival rolou do dia 11 ao dia 14 de agosto. Combinei com alguns amigos daqui de Orlando e iríamos encarar a viagem de carro e segundo nosso amigo Google Maps isso iria nos render 18 horas de viagem NA QUAL teríamos que fazer o mínimo de paradas possíveis e muito rápidas. Explico o porquê. Um dia antes (10/08) rolou aqui em orlando a passagem do Downpresser (CA), Take Offense (CA), New Morality (Holanda, praticamente irmãos do No Turning Back), Cornered (Holanda) e a local No Qualms, ou seja, acabando o show (por volta das 22h) iríamos direto para Philadelphia pois o festival iria começar no dia seguinte já as 18:00. O que pra mim e para os outros 3 do carro (com exceção do meu amigo Tyler) não faria diferença pois só iríamos nos três últimos dias do festical (12, 13 e 14).
Links das bandas:
(Futramente faço uma resenha deste show)

Eis a grande, primeira, surpresa. Minha amiga Amber me comunica logo ao iniciar a viagem que também iríamos no primeiro dia do TIH (This Is Hardcore) pois a primeira banda do festival era o Go Rydell, de Orlando (eu nem sabia disso) e estávamos na lista deles. ÓTIMO! Sensação muito boa, afinal poderia ver algumas bandas que gosto muito como Underdog, Mindset, Bracewar, Reign Supreme, Foundation dentre outras.

Não vou entrar nos méritos da viagem pois foi uma loucura. E eu achando que era louco de fazer aquelas viagens pra Curitiba (Madball, Agnostic Front, H2O, Terror, Sick Of It All) que era "apenas" 8 horas e em uma van. Viajar 18 horas com 5 pessoas em um carro é um tanto quanto desconfortável. Com apenas 2 paradas de praticamente 15 minutos chegamos à Philadelphia no dia seguinte por volta das 15:30, o que foi um ótimo tempo, afinal nossa motorista era "bem rápida".

No primeiro dia nos hospedamos na casa de uma amiga da Amber, fomos para lá acomodar nossas coisas. Logo em seguida, fomos para "The First Unitarian Church", que seria o local, apenas do primeiro dia do festival. E é isso mesmo, é em um salão (que tem capacidade para umas mil pessoas) de uma igreja. Local não muito grande para o porte do evento, mas acredito que por se tratar de uma quinta-feira e um cast reduzido de bandas, o público seria menor mesmo.

Vamos ao que interessa, que é falar das impressões do festival. Vou ser sincero com vocês, nesses 4 dias eu vi mais de 50 bandas e confesso que não me lembro de todas e posso até confundir uma com outra, por isso vou até dar uma rápida checada nas páginas das bandas para eu tentar dar uma relembrada.

Chegando na igreja, como de costume, fui direto aos merchandise (apesar de estar com o dinheiro MUITO contado). Não tinha tanta coisa, comparada aos outros dias, mas pra nós do Brasil confesso que já dava para "brincar" legal com as poucas coisas que ali tinha. Afinal são coisas que não encontramos por aí.

Um ponto que gostaria de destacar é a PONTUALIDADE do evento. Com exceção do Madball que foi a última banda do último dia do festival, todas as bandas foram extremamente pontuais e muitas vezes estavam até adiantadas. Fato admirável!

Go Rydell - Como já falei, era uma das representantes da Flórida (Se não me falha a memória ainda tinha o Morning Again também da Flórida). A banda faz um som na linha punk/hardcore melódico, uma das poucas nessa linha em todo o festival. A banda é boa, mas não faz muito o meu estilo. Em alguns momentos me fez lembrar do Rancid (um pouco mais melódico) e H2O (com um vocal diferente). Público parado ainda, por ser primeira banda e em um estilo diferente eu acho.



Full Of Hell - Esses caras são malucos, caóticos, insanos e outros adjetivos mais que você queira usar. O som é algo na linha grind/sludge, sinceramente não sei definir muito bem. A música é barulhenta mas não tão rápida. Caótia acho que é a melhor definição, rs. Influências nítidas de Napalm Death, Disfear, Entombed, Disrupt e um pouco de Obituary. O vocalista com certeza é um espetáculo a parte. Destaque para o fim do set da banda que termina com o vocalista berrando o som sem o microfone.



Face Reality - Agora sim começou o bom, e proposto, hardcore old school. Banda Straight-Edge de Detroit rápida, agressiva e sem firulas. O público começa a se movimentar e os primeiros two steps, stage dives, circle pits e pointing finger começam a aparecer. Pra quem gosta de Youth Crew como Youth Of Today e Turning Point é uma boa opção.



Sacred Love - Primeira surpresa do TIH para mim. Gostei muito dessa banda. Faz um hardcore old school, rápido porém um pouco "mais" pesado. Imagine um Cro-Mags com um pouco (só um pouco) de algo mais recente puxado pra Terror e Trapped Under Ice.



Disengage - Primeira banda conhecida para mim no festival. Acho a banda interessante mas está longe de ser minha favorita. Conversando com meu truta Cleyton no facebook esses dias descobri que é, mais uma, banda paralela dos irmãos Ned Russin, Ben Russin e o Shane Moran, todos do Title Fight. Foi a primeira banda a fazer o circle pit ficar violento de verdade. O som, pra quem não conhece, é um Youth Crew na formula básica, ou seja, muito two step e sing along.



Reign Supreme - Liderada pelo conhecido Jay Pepito eis a primeira banda hardcore/mosh/beatdown. Literalmente PESADA esta banda, show fudido, mosh pit violento. Aliás esse é outro ponto que gostaria de destacar aqui. Tem "algo" (provavelmente cultural) que eu ainda não soube definir, vou tentar explicar. Com o que estou acostumado no Brasil (Piracicaba e São Paulo) o mosh pit é cada um na sua, quando se acerta provavelmente rola um pedido de desculpa ou preocupação, e "abrir" o mosh pit é algo feito com menos brutalidade. Aqui, inclusive na Flórida, acho que o pensamento (o que também deveria ser em qualquer lugar do mundo) é "tá no mosh pit, tá ligado do que rola", ou seja, não importa se é menina/mulher ou um mulequinho de 12 anos o pessoal vai descer o braço e se você está na "borda" disso tudo vai tomar também e muito! E nada de treta! Isso é engraçado, sério, no Brasil já teria rolado morte se fosse assim. Enfim, o show foi muito bom inclusive fecharam com "Empty Promises" do Hatebreed.



Mindset - Mindset é uma banda nova que parece ser antiga, é muito bem recebida aqui nos EUA. Show extramemente empolgante. Hardcore Straight-Edge de Baltimore na linha True Colors e Get The Most.



Bracewar - Uma das minhas favoritas da noite mas confesso que o show foi meio enjoativo. Não digo ruim e sim enjoativo. Talvez porque todo mundo já estivesse esperando a "surra" que estava por vir: Foundation e Underdog. Resumindo, fez um bom show mas tirando as músicas mais conhecidas o público não correspondeu muito.



Foundation - O Foundation é uma das melhores bandas da atualidade da cena hardcore norte americana. Confesso que não é uma banda que ouço muito em casa, apesar de gostar. Mas ao vivo é impressionante o show. Esse foi o terceiro show que pude ver dos caras e é sempre muito bom (Havia visto em Tampa duas semanas antes desse festival). O show é realmente muito brutal, o som dos caras conseguem dar uma energia impressionante pro ambiente. Apesar do vocal estar meio baixo no vídeo, vale a pena ver. Vale ressaltar também a participação do Greg vocalista do Mongoloids, que na minha opinião é um dos vocalistas mais entrosados (que melhor interage com o público, mesmo cantando) que o hardcore dos EUA tem no momento.


Underdog - Os dinossauros estavam ali! Para muitos o show mais esperado da noite. Literalmente a "velharada" (com todo respeito) veio para frente para poder vê-los de perto. Sério cheguei a ver gente de 50/60 anos fácil. Com direito a bandeira ao fundo iniciava-se a história sendo contada no presente. Realmente fiquei muito emocionado, era uma banda que eu não imaginava ver. Formado em 1985 liderado por Richie, o Underdog com certeza foi um experimento que deu certo. Mesclando diversas vertentes da música sem deixar o bom e velho hardcore de lado. Conseguem ainda hoje fazer a molecada e também o pessoal mais velho se mexer e cantar praticamente todos os sons no show! Confesso que a fase reggae eu não gosto muito e ao vivo foi meio cansativo (quase uma hora de show), levando em consideração que estava ali já faz um bom tempo.



Esse foi o primeiro dia do evento. Desculpa se fui muito breve, mas como falei, não dá para falar muito de cada banda se não o texto fica enorme. A idéia é essa, passar rapidamente o que senti nesses dias do festival. Depois disso bora dormir (NO CHÃO!) e ir pro segundo dia.


Vídeos do evento: http://hate5six.com/

6 de abril de 2011

31 de janeiro de 2011

MINORITY UNIT - DEMO

Começando o ano de 2011 com uma demo lançada bem no final de dezembro de 2010, mas que desde então não saiu dos falantes aqui de casa! Minority Unit se orgulha de gritar logo no segundo som LOS ANGELES STRAIGHT EDGE, ON ANOTHER FUCKING LEVEL! E já destrói os ouvidos com um encontro entre a NY e LA no som, influências são claras de bandas da costa leste como Breakdown e Sick Of It All, mas também sentimos um pouco do hardcore da costa oeste, com elementos que remetem ao Suicidal Tendencies e Black Flag. Som dos caras não é tão bom logo de cara por acaso, pois conta com membros de bandas com muito potencial da nova safra norte-americana, como Rotting Out, Soul Search e Sleepwalker. Para ajudar a seguir a proposta old school do som o Minority Unit ainda está para lançar a demo em fita k7 e vinil, mas como vivemos em outros tempos, também disponibilizaram para download e segue o link abaixo! Bem provável que em breve role uma entrevista com os doidos, aguardem!

Acesse: Twitter

21 de janeiro de 2011

III Encontro HC Extremo Oeste - Cuiabá (MT)

O Venial foi a primeira entrevista do Day By Day Hardcore, devido ao contato que tenho já há algum tempo com o Fabio, vocalista da banda e um dos caras que mais se dedicam ao underground no extremo oeste brasileiro e um dos exemplos é o seguinte rolê.

O Encontro HC Extremo Oeste é um evento que surgiu em 2008 e agora em 2011 fará sua terceira edição, devido a problemas ele não rolou em 2010. Pois bem, nestas duas edições o espaço foi sempre aberto a bandas de fora do estado, tanto que já tocaram grupos de Brasília, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Tocantins e etc.



Este ano será realizado dia 14 de maio, em uma casa que se tornou um dos poucos focos de resistência do underground da região, o Caverna's Bar. E o espaço está aberto para bandas de HARDCORE de São Paulo ou outros estados. Segue o comunicado do pessoal da organização:

A organizadora EVENTOSMT (Fabio e Venial) conta com apoio de outras bandas locais, sem ajuda de prefeitura, estado, gov. federal,disponibilizamos:
- alimentação;
- som excelente;
- divulgação
- local pra dormir;

Não disponibilizamos qualquer tipo de ajuda de custo em dinheiro.

DIY total!

Todo Encontro será filmado e com entrevistas como foram os anteriores, para que no próximo encontro seja lançado um material de video no Youtube em varias partes mostrando essa correria toda!


Contato: Fabio Boreti (65-9607-5937) ou eventosmt@gmail.com

20 de janeiro de 2011

SUICIDAL TENDENCIES - JOIN THE ARMY (1987)

Depois de quatro anos após o espetacular disco de estréia o que restava aos cycos de Venice Beach? Em vez de repetir a fórmula do debut, Mike Muir e companhia inovaram dentro da proposta musical do S.T.! Talvez a entrada do excelente guitarrista Rocky George tenha influenciado esta passagem da banda, do hardcore visceral e agressivo para o crossover, com momentos mais cadenciados e cheios de groove. Join The Army é com certeza um dos meus álbuns preferidos da carreira dos caras, mesmo com uma discografia tão animal entre as décadas de 80 e 90! Principalmente por conter os clássicos como Suicidal Maniac, Join The Army, War Inside My Head e a lendária Possessed To Skate, que marcou de vez o envolvimento do S.T. com esporte californiano, o que pode ser conferido no vídeo abaixo. Bom, apenas um ano após esse petardo veio outro registro insano do Suicidal Tendencies que foi o How Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today, mas este quem sabe fique para um futuro post.



If you ain't suicidal, you ain't shit muthafucka!