10 de outubro de 2011

Entrevista - Repulsa

Em uma conversa pelo Facebook com o camarada Diego Garcia sobre os lançamentos de 2011, começamos a citar várias bandas nacionais que vêm lançando material de muita qualidade. E o objetivo é deixar as portas abertas para divulgar o trabalho dos guerreiros que, mesmo contra muita coisa, ainda acreditam no hardcore. Começando pelo Repulsa banda de São Paulo que acaba de lançar o EP My Faith, demonstrando muita dedicação às vertentes mais pesadas do hardcore. Segue a entrevista com o vocalista, tatuador e santista insuportável nas horas vagas, Carlos Zucato sobre o lançamento do EP e o trajeto percorrido pela banda de 2006 pra cá.



Salve Zucato, desde já agradeço pela entrevista! Conta pra gente como e quando o Repulsa começou.

O Repulsa começou em 2006 com o intuito de fazer um som pesado e totalmente influenciado pelo NYHC, por diversão mesmo, não almejávamos nada grande, apenas tocar! 4 caras, risadas e tattoo!


Nestes anos de caminhada a banda já possuiu diferentes formações, como foi esse processo de renovação?

Na verdade o que foi acontecendo foi que com o tempo a banda começou a ficar mais conhecida e com isso a responsabilidade para com a banda aumentou e com isso foi separando quem queria realmente levar a banda a sério e quem só queria uma distração, até que em 2008 paramos nossas atividades, mas em 2009 após a FOR MY FAMILY TOUR (Madball e Agnostic Front) resolvi retomar o barulho e reformulei totalmente a banda com uma galera firmeza, em 2010 voltamos aos palcos com força total e um som muito mais pesado!



Logo de cara é fácil identificar algumas influências da banda do lado mais casca grossa do hardcore, como Madball e Terror, mas em geral o que influencia vocês na hora de compor as músicas e as letras?

Pow, é muito aleatório, vai do que a gente tá escutando no momento, tem passagem de música que lembra Down to Nothing, gostamos muito de Trapped Under Ice, Thick as Blood, Hatebreed, bandas de Metalcore como Heaven Shall Burn e também bandas "modernas" como August Burns Red, Parkway Drive e por aí vai, acho que por isso podemos dizer que o Repulsa hoje faz uns dos sons mais "ecléticos" do hardcore nacional!


A banda é paulistana e você mesmo mora na capital de SP faz alguns anos, com encara a cena do hardcore da maior cidade do Brasil comparando com alguns anos atrás?

Na verdade eu sou de Minas Gerais e a banda tem 2 integrantes do interior de São Paulo, moro em Sampa faz 6 anos, e percebo que mesmo a cena sendo grande, tem muita segregação, tem gente que só vai em certo tipo de show, tem gente que só agita em certo tipo de banda, tem organizador de show que só chama as mesmas bandas, acho que com um pouco mais de união poderíamos ter uma cena tão grande como a do metal ou a do hardcore melódico. Hoje faltam lugares também para se armar um show, tendo em vista que os lugares que se tem disponibilidade para shows são caros e o fator predominante para o declive de shows aqui é o fato de que as bandas são fudidas de grana, então com isso os shows ficam escassos e a oportunidade para bandas novas ficam mais escassas ainda!



Conheci o Repulsa ainda cantando em português e agora nessa nova versão com músicas em inglês, como foi a transição?

A mudança foi crucial pelo estilo de som, relutamos em fazer isso, mas o inglês é muito mais melodioso e também a vontade de fazer uma tour pela Europa!


Falando nas novas músicas em inglês, recentemente vocês lançaram o EP "My Faith", o que representa esse registro na história da banda e como foi a repercussão até agora?

Foi um novo ponto de partida onde se separou os "homens dos meninos", esse EP representa pra gente um marco na história da banda, foi o primeiro álbum lançado de todos os integrantes da banda, fez a vontade de tocar só crescer pra gente. Quanto a repercussão até agora, só colhemos bons frutos, ficamos lisonjeados pela resenha que Wladmir Cruz, do site Zona Punk, fez! Vale a pena vocês conferirem! Clique Aqui!






Mais uma vez obrigado pela entrevista! Agora é espaço livre pra você mandar um recado aos leitores do Day By Day.

Se você tem um zine, um selo, uma banda ou arma show, faça sempre com amor, carinho, respeito e seriedade, nunca desista! Dê o sangue, hardcore é um estilo de vida onde cada um é uma pecinha de um gigante quebra cabeça no qual se você deixar de participar, realmente fará falta!
Gostaria de agradecer as nossas famílias pelo suporte, aos selos HEARTSBLEEDBLUE, BALBOA RECORDS E STILL BURNING que acreditaram na banda e a todos os amigos que sempre estão juntos com a gente na luta por uma cena mais unida! STAY TRUE MOTHERFUCKERS!

Acesse: Facebook / Still Burning Records / Balboa Discos / HeartsBleedBlue

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