27 de outubro de 2010

Entrevista: Death Before Dishonor

Na passagem do Death Before Dishonor (Boston) pelo Brasil ao lado do Cro-Mags, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com o vocalista Bryan pouco antes da apresentação dos caras em São Paulo (12/06/2010). Entrevista rápida mas bem interessante!




Fale um pouco de como e quando a banda iniciou suas atividades.

Nós começamos tocar em 2001. Eu tinha outra banda e o outros caras também. Aí nós terminamos e então eu quis começar uma nova banda, mais hardcore. Então demos inicio ao Death Before Dishonor. Gravamos a demo e começamos a tocar em shows e estamos aí até hoje.

Poderia citar algumas influências do Death Before Dishonor?

Agnostic Front, Madball, Sick of It All, Blood For Blood, Cro-Mags dentre outras.



O que você acha da atual cena de Boston? Que bandas poderia destacar e qual a diferença entre agora e quando vocês iniciaram na cena?

Boston tem uma boa cena hardcore. eu comecei a ir em shows em 1995 e naquele época quem tocava era o Slapshot, Blood For Blood, bandas desse tipo. Na verdade eram muitas bandas. Boston sempre teve uma boa cena hardcore mas como em qualquer lugar, algumas vezes tem suas fraquezas, outras vezes acontece de num evento ter muitas bandas, muitos shows e o show acaba "ficando" pequeno, as pessoas tem que fazer escolhas do que ver. Mas agora está muito bom, tem varias bandas novas, como por exemplo The Carrier e Defeater.


Boston tem um importante papel para o hardcore mundial e é conhecida também como uma cena "violenta" como podemos ver no DVD Boston Beatdown. Essa época mais agressiva é coisa do passado ou ainda tem muito disso?

Primeiramente, gostaria de destacar que a cena de New York com certeza é a mais famosa. Boston é um pouco violento, mas o DVD é meio estranho, eu acredito que brigas em shows são estúpidas, estragam tudo! Mas, Boston não é tão violenta assim, as pessoas acreditam que a violência é grande, mas não é. Anos atrás haviam muitas brigas em shows, mas hoje em dia está mais sossegado.



Vocês tem um bom contato com a cena hardcore de NY. Também são agenciados pela Freddy do Madball, correto? Comente um pouco desse relação.

Exato. Bem, o Agnostic Front foi a primeira banda em que saímos em tour juntos, o Roger e Stigma são otimas pessoas. Na verdade, é muito bom pra mim ser amigo deles, pois é uma das minhas bandas favoritas. Como decorrência disso temos uma boa relaçao também com o Freddy (Madball) e outras bandas de NY.


Muitas bandas de amigos/conhecidos do DBD já passaram pelo Brasil. O que o pessoal fala da nossa cena?


Agnostic Front, Terror, Madball, todos eles disseram que era foda. Eu estou muito feliz por estar aqui, sendo nossa primeira vez. Eu esperei muito para vir pra ca, então estou muito feliz mesmo. Ouvi muitos comentários bons sobre o Brasil.



Sabemos que vocês já dividiram palco com praticamente todas as bandas renomadas e ainda em atividade do hardcore norte americano, porém quais são as expectativas para esse show ao lado da lenda Cro-Mags aqui no Brasil?

Eu amo o Cro-Mags e o que espero é ter bons momentos aqui, um ótimo show de hardcore, isso é tudo o que eu quero.


O Fernando Schaefer, baterista brasileiro, fez alguns ensaios com o Death Before Dishonor. Por que não rolou do mesmo entrar na banda?

Ele está morando em NY agora, ele foi a Boston e fez o teste. Ele é realmente muito bom, porém nosso baterista estava decidindo entre estudos e banda e optou por seguir em frente com o DBD. O Fernando é uma pessoal muito legal, ótimo baterista, nós queríamos que ele estivesse conosco, mas Josh já tocava com a gente antes e é nosso amigo, então optamos por permanecer pelo fato do Josh estar acostumado com a banda.


Como foram os shows da Argentina e Chile?

Nós tocamos na Colômbia, Rosário, Buenos Aires foi demais e noite passada estivemos no Chile, o qual foi muito bom também. Todos os shows foram ótimos, era isso o que eu queria, vir para a America do Sul e fazer ótimos shows. Quando eu era criança nunca imaginaria que iria tocar na América do Sul. Nós já estivemos em muitos lugares como Austrália, Canadá, América Central, México, então... eu sempre quis vir para a América do Sul, esta sendo muito importante pra mim e até uma honra estar aqui.



O novo CD do DBD soa mais "pesado", puxando um pouco pro metal, em relação aos trabalhos anteriores. Nota-se que muitas bandas tem ido pra esse lado como por exemplo Sworn Enemy, Hatebreed, Terror, Maroon dentre outras. Comente um pouco sobre essa mudança.

A nova gravação tem um pouco de metal, punk brock, mas não importa, ainda continuamos a ser uma banda de hardcore. Nós gostamos muitos de várias coisas diferentes e tentamos colocar todas essas coisas "em uma só", entende? Vamos ver o que acontece agora, mas como eu disse, somos uma banda de hardcore. Pode ser chamado de "evolução", misturamos todas as nossas influências.

O que podemos esperar do DBD em um futuro próximo?

Turnês, turnês, turnês... mas depois daqui nós vamos ficar "em casa" por uns dois dias e depois pra NY por um mês. Queremos gravar um DVD um dia, quero gravar mais videos enquanto estamos em turnês, mas eu sempre esqueço. Nos provavelmente lançaremos um novo CD no ano que vem, mas o resto desse ano estaremos em turnê. Iremos para a Europa e supostamente a Austrália também, fora a turnê pelos Estados Unidos. Não sei, quem sabe o ano que vem teremos mais novidades, vamos ver.


Obrigado pela atenção e pra fechar deixem uma mensagem pro público brasileiro.

Muito obrigado pela oportunidade de estarmos aqui, que a cena hardcore aqui continue forte. Apoiem o verdadeiro hardcore e todas bandas de hardcore, sejam elas pequenas ou grandes. Espero que possamos voltar em breve.



Acesse: Myspace / Bridge Nine

Um comentário:

  1. Muito boa a entrevista!

    Tão boa quanto o show que fizeram no Inferno!

    Muito bom o blog!

    Provos Brasil

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